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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Hanseníase


Hanseníase
Tópicos


Introdução
Transmissão: contato íntimo e prolongado com pacientes que eliminam bacilos
 
Após a inalação do bacilo, os macrófagos alveolares podem agir de três formas: destruição dos bacilos por pessoas bastantes resistentes, defesa imunológica para isolamento do bacilo e permitindo disseminação para linfonodos regionais e depois para partes mais frias.
          O paciente sem tratamento elimina bacilos não só pela pele mas também pelas  secreções nasais etc. (superfície)
 
 
·          Solução de continuidade
Pessoa com lesão entra em contato com a superfície rica em bacilos
-          incubação dura de 2 a 7 anos.
-          eliminação de bacilos se dá pela pele e secreções nasais.
 
As 3 formas do destimo do Mycobcterium depende da resistência imunologica do indivíduo.
O bacilo tem  maior  tropismo por nervos, principalmente por bainha de schwan, ou seja, ele destrói nervos essencialmente periféricos característica tal que ajuda no diagnóstico.
Isto leva  à alteração de sensibilidade (1º- térmica, 2º- dolorosa e 3º- tátil). Quando as lesões são cutâneas, pequenos nervos são destruídos e há perda de anexos.
Uma hiperssensibilidade, do tipo formigamento, ocorre antes da perda da sensibilidade.
A lesão dos nervos não dá só anestesia, mas com a evolução possui repercussões clínicas divididas em formas clínicas (na disseminação).
 
Virchowiana: Lesões mais graves podendo alcançar víceras (fígado e baço). Ela não se transforma em outro tipo de hanseniase. É a forma maligna e altamente contagiante.
Tuberculóide: Estável como a Virchowiana. Nela a pessoa tem certa resistência.
Dimorfa: Tem características das duas anteriores e pode evoluir mais para uma ou para outra. Então, é instavel.
 
          I . Hanseníase indeterminada
 
Não houve definiçào da forma clínica das doenças. Ocorre uma mácula hipocrômica, podendo chegar até a 6 lesões. Inicialmente a hanseníase indeterminada caracteriza-se por formigamento mas evolui para a anestesia.Muitas vezes, começa a haver perda de anexos (pelo, glandulas sudoriparas e sebaceas)
 
Microxopia: infiltrado inespecifico
Evolução: cura, pólo benigno (tuberculoide) e pólo maligno (virchoviana)
 
II . Hanseniase virchowiana ( bacilífera)
 
-          Sem o tratamento, ocorre reabsorção de pele e outros.
-          Altamente contagiante mas a transmissão depende de exposição íntima e prolongada.
-          Os bacilos vão se localizar em regiões frias (pele, trato respiratório superior, olhos – câmaras anterior – testículo, linfonodos que drenam a pele, troncos nervosos, macrófago do fígado, baço, suprasional)
 
Aspectos microscópicos
 
Células de virchow (rica em bacilos): Acúmulos de macrófagos modificados. Elas formam o granuloma que é caracteristico da hanseniase.
Pele: faixa de Unna, localizada entre a epiderme e a derme e corresponde a região não comprometida pelo bacilo. Sem infiltrado.
O granuloma tem essencialmente macrófago.
Célula virchoviana = célula espumosa = macrófago modificado com muitos bacilos e com múltiplos vacúolos.
No início, quando o granuloma se origina próximo a anexos da pele e nervos, ele se expande e forma uma faixa extensa de macrófagos.
Quando o granuloma chega à pele ,promove aspecto característico: a pele se adelgaça, estreita-se a faixa de conjuntivo normal, acumulam-se macrófagos modificados.
 



Clínica
 
Lesões simétricas em tronco e face, pricipalmente: Hansenomas eritematosa na face (sobrelevados, pouco definidos, que lembram um tumor) Ex.: face, orelha, punho, cotovelo, joelho.
 
Face leonina(grave):
 
Rosto inchado, perda de pelo e cabelo (madarose), faces de “máscaras” pela perda dos nervos ( não externa sentimentos) do rosto. Essa face leonina é característica da fase avançada.
 
·          Secreção serosanguilonenta (líquida e com sangue) rica em bacilos => lesão de mucosa nasal e laringe
·          Compromentimento de nervos periféricos (espessamentos) => musculatura comprometida. Ex.: pé caído.
·          Olhos : ceratite à córnea compremetida, lagoftalmo (acúmulo de lagrima já que é impedido de piscar (músculo não funciona) ), palpebra caída, exoftalmo.
·          Mal perfurante (úlceras de difícil cura) com, às vezes , mais de 1 cm de profundidade.
·          Autoamputação: reabsorção óssea e muscular  quando a lesão neural é muito intensa.
·          Amiloidose secundária à hanseniase (principalmente renal)
·          Ocorre ulceração por falta de inervação. Ela é altamente contagiante.
·          O granuloma pode destruir o palato e a orelha.
·          Ocorre infiltração (inchaço)
·          Múltiplos nódulos no abdome sobrelevados e eritematoso
·          Mão em “garra”: sempre em contração pela ausencia de musculatura extensora que foi reabsorvida
·          O compretimento dos dedos não é uniforme
 
O tratamento é importante para evitar que a doenças progrida além de levar à reabilitação (ensino à convivência com a anestesia , etc => reeducação.)
Algumas das lesões  apresentadas podem ocorrer na forma tuberculóide, mas difícilmente evoluem.
 
              III. Hanseníase tuberculoíde (Máculo anestésica)
 
à Representa o pólo benigno da hanseníase
à Aspecto microscópico: granuloma tuberculóide (constituído de células Epitelioides, células gigantes, fibroblastos e linfócitos mas de forma caótica, desorganizada.Trata-se de uma situação inversa a da hanseníase tuberculóide)
à Os filetes nervosos estão espessados e fibrosados
à Esta forma não é bacilífera (bacilo não elimina bacilos, eles ficam dentro do organismo)
 
Clínica
-Lesões circunscritas assimétricas
-Contorno nítido
-Borda interna menos nítida
-Sensibilidade abolida
-Alopécia (ausência de pelôs ou cabelos na região)
-Em meio à mácula existencim áreas preservadas.
 
     

  IV. Hanseníase dimorfa
 
Ela é instável.
 
Microscopia: -- infiltrado ambíguo ( possui linfocitos, então, não parece um granuloma)
                   -- bacilos em  alta concentração pelo componente virchoviano.
 
Clínica  -- infiltração difusa
             -- placas
                   -- cor: pardacenta
                      -- nódulos          
                      -- orelha lepromatosa
Para se ter certeza que é dimorfa observar a microscopia : se só tiver cel. Virchow trata-se de hanseníase virchoviana.
 
6.Formas reacionais
·          Reação nevorsa à neurite cubital, mediano, ciático (tratamento com corticóide).
·          Eritema nodosa hansenótico: Trartamento com talidomida (mulher fértil não pode tomar essa medicação.
·          Doença autoimune, podendo causar vasculite e glomerulonefrite
 
      V. Diagnóstico
-          Teste de sensibilidade
-          Teste da histamina (Lewis): halo reflexo inexistente à anormal à sem eritema (resultado normal: lesão, eritema,edema)
-          Baciloscopia
-          Histopatologia
-          Lepromina injetada intradérmica => fins prognósticos
-          Vigilancia dos contatos
 
Duração do tratamento: 2 anos àTuberculóide
                            3 anos à Vichowiana
Dos indivíduos que fazem tratamento, 2% têm recidiva.
A área de lesão fica de cor violeta. Mesmo indivíduos curados biologicamente, podem ter as doenças imunologicas (reacional).

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